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Que a santa Europa nos valha!

A UE tem pela frente a mais séria recessão da sua história resultante da paralisação provocada pela pandemia Covid-19. No que aos estados membros mais vulneráveis diz respeito, como é o caso do desgovernado Portugal, a prevalecente crise (económica, financeira e social), poderá ser catastrófica. Depois de muito choro e ranger de dentes a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, irá submeter à aprovação do Conselho Europeu um plano de investimentos e reformas com o objectivo de salvar a economia da União no seu conjunto e a dos estados membros de per si. Trata-se, apenas, de despertar o fantasma da velha CEE, nada mais. A Europa dos europeus, pátria das pátrias, campeã da liberdade, da igualdade e da fraternidade, essa, continua agonizante. Tal plano, elaborado sob os auspícios do governo alemão, envolverá a módica quantia de 750 mil milhões de euros que sairão dos cofres do Banco Central Europeu que, como contrapartida, recolherá os fundos gerados através de um alargado pacote de novos impostos. A repartição deste dinheiro pelos estados membros sob a forma de empréstimos e subvenções, que o mesmo é dizer doações, terá em conta o valor da economia própria de cada estado, o seu PIB per capita e o rácio da sua própria dívida pública. Para tanto, os estados membros são catalogados em três categorias, a saber: os de rendimento acima da média, os de rendimento abaixo da média mas com dívida baixa e os de rendimento abaixo da média e com dívida alta. Uma forma simpática de contornar o diferendo norte- -sul. Convém lembrar que as vagas sucessivas de fundos europeus que durante anos entraram nos cofres nacionais desde que Portugal aderiu à CEE foram tão escandalosamente “surfadas” por governantes e afins, que acabaram por criar na opinião pública a ideia fixa de que o Regime é rui e os políticos desonestos e incompetentes. Mais uma vez o velho Portugal, é fatal como o destino, corre no pelotão dos desgraçados, dos pobres e endividados, pelo que receberá maiores montantes relativos. Ainda bem! E uma nova bebedeira de milhões se perspectiva em Lisboa. Ainda mal! Que a santa Europa nos valha, portanto! Duplamente! Que não se limite a dar a esmola, como aconteceu em dádivas anteriores, mas que igualmente cuide de que a mesma não seja abocanhada, ainda na mão dos doadores, pelos digníssimos escroques da Nação. E que esta dinheirama, que no caso português ascende a qualquer coisa como 31,5 mil milhões de euros repartidos em cerca de 15 mil milhões a título de subvenções e de 10 milhões de empréstimos, não seja lançada à rebentina, mas que já traga destinos bem balizados tendo em conta os mais relevantes desígnios nacionais. E que seja fiscalizada rigorosamente por gente competente de Bruxelas, porque, nesta altura, em Portugal já muitos predadores salivam e aguçam os dentes nos corredores ministeriais, nas sedes partidárias, nos escritórios das grandes empresas e em mil suspeitas fundações. Uma excelente oportunidade, mesmo assim, para os autarcas do interior, com realce para os de Trás-os-Montes, mostrarem o que valem, fazendo prova da sua competência política e técnica, independência e lisura, dado que, ao que se diz, a coesão do território receberá parte de leão. A ver vamos!

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

Campos Monteiro

O último fim de semana de maio,apesar de aliviante desconfinamento, surpreenedeu-me com uma notícia chocante e inacreditável: o busto do escritor moncorvense Abílio Adriano de Campos Monteiro tinha sido derrubado! No largo com o seu nome e no lugar onde honrados e gratos moncorvenses fizeram erguer uma justa homenagem ao grande vulto literário estava agora um montão de escombros “protegidos” por amarelas grades metálicas. Fiquei incrédulo e chocado! Era difícil acreditar no que me era mostrado. Resisti à tentação visceral de protestar, vociferando, à boa maneira transmontana, contra quem pudessem ter estado na origem de tal ato criminoso e lesivo, não só da memória do escritor, mas também da boa-fé de todos os que lhe reconhecem o inestimável contributo para cultura nordestina. Não podia ser o que parecia. Tinha de haver uma explicação razoável... ou então, de imediato, mãos diligentes haveriam de refazer o que, insensatamente fora mandado desfazer! Estava esperançado que a reunião de Câmara da segunda-feira seguinte, dia 1 de junho, iria esclarecer a situação e os seus fundamentos legais. O Castelo de Torre de Moncorvo, onde se insere o monumento em questão foi classificado, por decreto governamental, como imóvel de interesse público em outubro de 1955 de acordo com o que está publicado no PDM em vigor. Como tal está ao abrigo das disposições da Lei de proteção e valorização do património cultural. Nenhuma intervenção, mesmo limitada à conservação e restauro, pode ser efetuada sem autorização da entidade tutelar. Esta haveria de ser exibida na reunião municipal e tudo ficaria esclarecido. Era preciso ter paciência e aguardar. Afinal, de acordo com o testemunho da vereadora Maria de Lurdes Pontes, publicado e não desmentido, o único documento apresentado foi uma nota de serviço da autoria do Presidente da Câmara! Fiquei ainda mais incrédulo! Não podia ser! Não sei quando ouvi, pela primeira vez, falar de Campos Monteiro. Mas lembro bem a descoberta, no manual de leitura do ciclo preparatório, de um texto maravilhoso transcrito do livro “Ares da Minha Serra” sobre a Rebofa, fenómeno que, felizmente deixou de acontecer. A descrição realista e dramática avivara e recriara a observação recente e traumática das águas lodacentas do Douro a invadirem as canameiras, vinhas e pomares da Vilariça, espalhando o terror e a destruição. Mais recentemente, já como Presidente da Assembleia Municipal, tive o privilégio de propor para aprovação o regulamento que estabeleceu o Prémio Literário Campos Monteiro, dando substância a uma feliz ideia do saudoso moncorvense Rogério Rodrigues. E que, apesar de continuar anunciado na página do município, ao que me informaram, foi suspenso por decisão do Presidente da Câmara, num clamoroso desrespeito pela Câmara a que preside, (autora formal da proposta), pela Assembleia Municipal (que a aprovou), pelo seu patrono (mais uma vez!), por todos os autores, possíveis candidatos e, em resumo, pela cultura! Escrevo este texto esforçando- -me por manter o nível que o respeito pelas instituições municipais do meu concelho me merecem, apesar e independentemente de quem as preside. Não sei se Abílio Adriano Campos Monteiro teria os mesmos pruridos, depois da ofensa que reiteradamente lhe fazem. No fecho desta crónica, não resisto, à tentação de lhe dar a palavra na pessoa de Marcial Jordão, pseudónimo com que escrevia no Jornal de Notícias. Questionado se isto prenunciava o fim do mundo, o repórter tripeiro, provavelmente, haveria de responder, como o fez em novembro de 1919: “... o mundo não acaba ainda. Mesmo porque esse dia seria o dia do juízo, – e juízo é uma coisa que tarde haverá...

Clubes apurados para as Taças Nacionais pedem criação de uma 2ª Divisão nos escalões de formação

Qui, 11/06/2020 - 17:24


Pioneiros de Bragança, em juniores, e CSP Vila Flor, em juvenis, são os representantes da Associação de Futebol de Bragança que também assinaram o documento.  Quanto ao Grupo Desportivo Macedense, em iniciados, segundo apurou o Nordeste, não foi contacto para o efeito.