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Ter, 24/06/2025 - 09:27
No Bairro da Formiga pouquíssimas casas são de pedra ou tijolo. Contam-se pelos dedos de uma mão. Não passam de duas ou três.
A habitação está cara. Multiplicam-se as queixas e lamentos de que nunca foi tão dispendioso arrendar ou comprar uma casa. Mas há quem não tenha sequer esse luxo. É em barracas de chapa que vive a comunidade cigana instalada na aldeia de Penhas Juntas, no concelho de Vinhais. As “casas” são feitas com o que há à mão, com pedaços de um mundo que os vai esquecendo, com roulottes envelhecidas pelo sol e pela chuva.
Casa é conforto, mas, no inverno rígido transmontano, o frio entranha-se nos ossos, mesmo dentro de casa. No verão, o sol bate nas chapas das barracas e cria um ambiente infernal, onde o chão é de terra batida ou cimento mal amanhado.
O Bairro da Formiga é feito de ruas estreitas, desenhadas pelo passo das crianças e pelo vai e vem dos mais velhos. Ali, falta quase tudo. Faltavam até casas de banho. Agora já não. A Cruz Vermelha de Vinhais, em parceria com a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Penhas Juntas, criou balneários públicos. Chegou um pouco de dignidade ao Bairro da Formiga. Enquanto o resto não chega, resiste o mais importante: o amor, a amizade e a identidade de um povo que estende a mão a quem ali chega, cigano ou não, oferecendo sempre um sorriso, um olhar meigo, uma palavra amistosa e um café.
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