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Migalhas de campeão

Qua, 06/04/2005 - 14:23


Falta, apenas, um simples ponto em nove possíveis para o Vinhais regressar à terceira divisão nacional depois da última passagem, há 20 anos atrás.

Não se julgue que foi fácil. Apesar do Vinhais nos primeiros 30” ter tido oportunidade para resolver o encontro com muito à vontade.
Ainda decorria o primeiro minuto, já João Paulo atirava a 30 metros da baliza e sentiu-se o golo no estádio. O primeiro sinal estava dado, faltava, apenas, o golo que logo aos 3” Luís Preto perdeu novamente para a equipa da casa. Os nervos não se fizeram notar, o Sendim escondia-se no seu meio campo e o Vinhas aproveitava para motivar os seus adeptos, que eram poucos, mas bons.
O golo apareceu, muito justamente, aos 28 “ por João Paulo, que dentro da pequena área não perdoou, e baliza escancarada depois de um cruzamentos da esquerda de Pik.
Para a festa ser completa toda a gente estava de ouvido no jogo Mirandês – Macedo. A vitória dos rapazes do planalto colocava imediatamente o Vinhais na terceira divisão e foi exactamente por aqui que começou a segunda parte.
Os jogadores de António Teixeira entraram nervosos e recuaram no terreno dando o miolo ao Sendim e também alguns nervos aos associados. A equipa sentiu a responsabilidade do jogo e apenas como curiosidade só o fez na segunda metade do jogo, daí o Sendim ter uma grande oportunidade. Estava longe, mas João Correia quis ser benemérito e isolou Manhonho que obrigou Armando a uma grande defesa, aliás a defesa da tarde no estádio municipal.
Nervos, muitos nervos e um auxiliar a cometer graves erros, prejudicando quase sempre o Vinhais. Vários foras de jogos tirados por Nelson Gonçalves foram arrepiantes e o grande trabalho do Juiz Carlos Pedro poderia ir por água abaixo, aliás o juiz foi mesmo o melhor elemento em campo, mostrando grande espírito desportivo e acima de tudo conhecedor da realidade do distrital, deixando jogar.
Foi pena Nelson Gonçalves não ter a categoria suficiente para a responsabilidade deste encontro, do penalti nada a dizer e Migalhão fez o 2-0 e descansou os apaniguados da casa, agora falta um pontinho e pronto aí está de novo a terceira divisão.

Estádio Municipal de Vinhais
Árbitro – Carlos Pedro, José Pessegueiro e Nelson Gonçalves (A F Bragança).

Vinhais – Armando; Checo, João Correia, Ruca e Migalhão; Pik (Jorginho 30”), Amílcar e Migalhas; João Paulo (Cosmin Costantinescu 55”), Luís Preto (Hugo 78”) e Valente.
Treinador – António Teixeira

Sendim – Paulo; Alexandre, Gabi, António e Hélio; Sérgio, Manuel (Hirondino 83”) e Arlindo; Hirondino II (Ângelo 46”), Manhonho e Moisés (Octávio 73”).
Treinador – não tem

Amarelos – Armando 28”, Paulo 36”, Gabi 61” e Checo 88”.

1ª Parte – 1-0
Marcadores – João Paulo 28” e Migalhão (penalti) 61”

Vinhais 1 a 1
Armando (3) – fez a defesa da tarde e mostrou-se sempre muito concentrado.
Checo (3) – fazer 400km para vir jogar a bola e não falhar dá nota muito positiva.
Ruca (3) – uma das virtudes desta equipa do Vinhias é a sua retaguarda e Ruca não falhou sequer um lance, é obra.
João Correia (1) – quis dar emoção ao jogo ao falhar um lance capital, que na altura ofereceria o golo do empate ao Sendim. Nestas alturas há que ter concentração.
Pik (-) saiu lesionado e pouco deu à equipa.
Migalhão (3) corre que se farta e deixa tudo em campo, prémio o golo do 2-0.
Amílcar (2) – trabalhou muito no meio campo, mas falhou alguns passes e prendeu-se, por vezes, demasiado à bola.
Migalhas (3+) – o patrão desta equipa. Dos seus pés e da sua forma de estar para a equipa saiu quase tudo bem. A defender usou Ruca como o seu porta-voz da segurança.
João Paulo (2) – um falso lento. O golo da prometida festa e um remate que dava um golo para a posterioridade.
Luís Preto (2) – bom a jogar para a equipa e uma oportunidade de golo.
Valente (1) – 93” em campo, muito lento e longe do jogo. Nervos? Vamos esperar para confirmar.
Hugo (-), Jorginho (-) e Cosmin (-) – pouco trabalho e muitas bolas perdidas. Com um pouco mais de concentração, estes jogadores levariam o Vinhais à goleada.

Sendim 1 a 1

Destaque para a defesa. Alexandre foi um moiro de trabalho na defesa do planalto, correu quilómetros a atacar e defender e por incrível que pareça esteve em toda a largura do campo. Paulo o guarda-redes cumpriu, não foi culpado nos golos e terá visto um amarelo por palavras? De resto o Sendim atacou muito na segunda parte, mas sempre mais por consentimento do Vinhais do que por mérito próprio. Perdeu duas oportunidades daquelas que não se têm em todos os jogos e foram castigados por não reagir na primeira parte. No entanto, vamos tentar ver próximos jogos porque Manhonho pareceu-nos um ponta de lança excedente, mas com poucas oportunidades de brilhar.