class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-frontpage">

            

90 milhões de euros para 133 projectos nos municípios abrangidos pelas seis barragens vendidas pela EDP

Ter, 11/05/2021 - 11:47


Estes projectos foram definidos, ao longo de quatro meses de trabalho, pelos autarcas e pela Agência Portuguesa do Ambiente, grupo de trabalho criado em Dezembro do ano passado, depois da venda das barragens da EDP à Engie. O plano de acção é de seis anos.

Mais de 800 operacionais testam resposta a grande incêndio no distrito

Ter, 11/05/2021 - 11:46


O comandante nacional da Protecção Civil, André Fernandes, explicou que no âmbito da operação de carácter nacional foram realizados vários exercícios nos concelhos de Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Torre de Moncorvo, para “testar a expressão máxima do sistema de gestão de

Moncorvo Digital

No Dia Mundial do Livro, 23 de março, o Município de Torre de Moncorvo apresentou uma plataforma dupla, com a digitalização da sua Biblioteca Municipal e do seu Arquivo Municipal. São produtos de grande qualidade desenvolvidos por uma empresa nacional incubada na Universidade do Minho. A transição digital é um dos grandes desafios das várias instituições, por todo o mundo e, obviamente, as autarquias não podem alhear-se deste desígnio, inevitável, inelutável. Ao surpreender-nos, de supetão, a demolidora COVID19 atirou-nos para a dependência crescente das tecnologias digitais para assim minorar os imensos transtornos. Dificilmente haveria melhor altura para implementar esta ferramenta. Pode argumentar-se que teria sido mais útil há um ano quando, por um lado, ainda andávamos estonteados, à procura de soluções e alternativas para as rotinas diárias e de outra periodicidade e, por outro, era incerta a duração do período negro que agora já se apresenta menos escuro e se vislumbra o dealbar do regresso à normalidade ou ao que dela mais se aproxima. Sem dúvida que sim. Mas, sendo verdade, igualmente é uma realidade que este desenvolvimento, pela sua importância e pelo impacto que pode e deve provocar, tem uma importância que ultrapassa, temporalmente, esta e outras possíveis epidemias que possam surgir. É uma ferramenta de futuro que adequa o município à modernidade e que, sendo útil para nós, será, não tenho qualquer dúvida, necessária para as gerações vindouras a que já é hábito chamar de “nativos digitais”. Mais do que a urgência deveria ser a qualidade a nortear o seu projeto, desenho, implementação e manutenção. E assim foi. A escolha da Keep, uma “spin-off” da Escola de Engenharia da Universidade bracarense foi adequada e acertada. Os engenheiros minhotos colocaram à disposição dos interessados uma plataforma de grande qualidade e, sobretudo, de fácil utilização, intuitiva e poderosa, no que diz respeito ao seu uso e benefício para o utilizador que é, neste caso, o que mais interessa. Sendo de iniciativa municipal, dada a riqueza e importância do acervo, é de utilidade muito mais alargada, ultrapassando as fronteiras concelhias, regionais e, mesmo, nacionais. Por isso é importante realçar a característica bilingue do aplicativo. O facto de, por razões profissionais, trabalhar com um computador com definição do inglês como linguagem por defeito, permitiu-me verificar que a opção do idioma, pela plataforma, é automática o que valoriza e facilita a sua utilização por utentes de paragens mais longínquas. O Catálogo da Biblioteca tem a informação necessária e suficiente. Já no que respeita ao Arquivo, a apresentação da digitalização de muitos dos seus documentos (pretendendo que, no futuro, o sejam, na sua totalidade) é uma mais-valia assinalável. Estão de parabéns, a Autarquia, os colaboradores e dirigentes da Biblioteca Municipal e, principalmente, os utentes destas estruturas, com destaque, óbvio, para os moncorvenses.

A História de Portugal revista pelos novos moralistas.

Já não tem o vigor da juventude e sofre de múltiplos achaques o velhinho de quase 900 anos que deu novos mundos ao mundo, agora definitivamente internado no lar da UE. Choca sabê-lo maltratado, injuriado e votado ao abandono pelos muitos filhos pródigos, bastardos e adoptivos que gerou e a quem continua a dar de mamar. Não há mal ou crime que os novos moralistas não assaquem ao velho Portugal e aos seus filhos mais diletos, a começar por um tal Afonso Henriques, um conquistador selvagem, no seu entendimento, com ascendentes na Borgonha, terras da Gália bárbara. E que nem português seria, sequer, porque Portugal nem existia à data do seu nascimento. Afonso Henriques que, na lógica dos novos moralistas, também não era democrata, (sabia lá ele o que democracia era!) e que, por dá cá aquela palha, até batia na mãe. Afonso Henriques que começou por enxotar os primos galegos e lioneses das terras herdadas e escorraçou à espadeirada os infelizes imigrantes muçulmanos que haviam aproado pacificamente a praias de Espanha, espoliando-os dos templos, castelos e palácios de que continuam credores. Não tivesse Afonso Henriques existido e Lisboa seria hoje, por certo, na ideia dos novos moralistas, mesmo sem ter petróleo, o oitavo emirato, deslumbrante de luxo e riqueza, enquanto no interior desertificado, na peneplanície alentejana ou na árida Terra Quente transmontana, deambulariam pacíficos beduínos e pachorrentos dromedários. Não é que não haja, hoje, camelos em Portugal. Os verdadeiros, porém, sempre emprestariam à paisagem um mais apelativo ar de mil e umas noites. Todavia, o pior feito desse tal Afonso Henriques, para os novos moralistas, foi fundar o reacionário reino de Portugal que, ao arrepio de todas as regras do direito internacional, alargou por força das armas a terras de além Tejo e do Algarve. Reino de Portugal que, na ideia dos novos moralistas, acabou por se converter numa poderosa associação de malfeitores que durante mais de 600 anos lançou a miséria, a peste e a guerra por esse mundo fora. Bando de malfeitores que não se contentaram em importunar os bons vizinhos do norte de África por mais de 300 anos. Ousaram ir ainda mais além e maltratar, colonizar e escravizar índios, indianos e africanos que nas suas terras viviam pacificamente, felizes e contentes. Feitos criminosos cantados em verso num livrinho reacionário, racista e xenófobo que já devia ter sido banido dos curricula escolares e lançado à fogueira. O seu autor, Luís de Camões, não seria, de resto, flor que se cheirasse. Mais recentemente, o ditador Salazar, fundou um império colonial e deu crédito a perigosos visionários racistas e esclavagistas do calibre de António Vieira, Fernando Pessoa e Almeida Garrett, conhecidos apologistas do tenebroso Quinto Império E tantas, e tão mal, tal ditadorzeco fez que Estaline e Mao Tsé-Tung, gloriosos campeões da Humanidade, nem aos calcanhares lhe chegam, sequer. Ditadorzeco que, na opinião dos novos moralistas, cometeu o crime maior de reagir militarmente à chacina de brancos e negros afins, em Angola, açulada pelos imperialistas americanos e soviéticos, originando uma guerra injusta e inútil que se perlongou por treze longos anos. Donde, malgrado tanta dor e sofrimento, resultou que Angola, Moçambique e a Guiné sejam hoje nações independentes, prósperas, pacíficas e felizes depois que os brancos foram forçados a debandar, com toda a justiça, sob a égide dos heroicos marxistas-leninistas e anarquistas do MFA. Razão tinha o Velho do Restelo! Justo é, no entendimento dos novos moralistas, que o monumento dos Descobrimentos ou o mosteiro dos Jerónimos sejam desmantelados. Ou que os brasileiros reclamem o convento de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres já que foram construídos com o ouro e os diamantes do Brasil. E porque não anular as fronteiras impostas pela Conferência de Berlim? E porque não reclamarem os portugueses o que de melhor deixaram no Ultramar e cobrar direitos de autor pelo uso da Língua Portuguesa? E porque não conferir independência a macondes e cabindas, de entre outros? Concluirão, por certo, os novos moralistas, que a culpa é do famigerado Afonso Henriques, o fundador dessa associação de malfeitores racistas, colonialistas e esclavagistas, chamada Portugal. E concluo eu: os novos moralistas são sinistros, amorais, quando não são imorais. Só desmoralizam e envenenam o relacionamento entre Portugal e as ex-colónias.