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Lopes da Silva rejeita rótulo de candidato mas garante uma equipa competitiva

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Ter, 27/08/2019 - 11:42


O Argozelo apresentou-se aos sócios na sexta-feira num jogo convívio com os emigrantes da vila de Argozelo, dando início aos trabalhos de pré-época.  

“Um projecto ambicioso e aliciante” é desta forma que Lopes da Silva descreve o desafio que lhe foi lançado pela direcção do Argozelo.

Luís Sousa (Montalegre): “Na segunda parte fomos a equipa que queremos ser”

Ter, 27/08/2019 - 11:32


O técnico-adjunto do Montalegre reconheceu que a sua equipa não esteve bem nos primeiros 45 minutos. “Os índices de agressividade estiveram muito baixos. Não fomos nem fizemos o que trabalhamos durante a semana e isso criou-nos dificuldades, pois deixamos o Bragança algo confortável”.

Ossai mostrou veia goleadora e resolveu frente ao Montalegre

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Ter, 27/08/2019 - 11:20


O Grupo Desportivo de Bragança levou de vencida o Montalegre no dérbi transmontano da jornada 2 da série A do Campeonato de Portugal.

A jogar em casa os brigantinos conseguiram, no domingo, um triunfo por 2-1 num jogo com duas partes distintas e marcado pela chuva intensa.

João Tiago e Ricardo Palavra resistiram ao calor e à dureza da Volta a Portugal de Juniores

Ter, 27/08/2019 - 11:17


A 14ª Volta a Portugal de Juniores terminou, no domingo, em Seia depois de quatro dias bastante difíceis de competição para os corredores.

O Clube de Ciclismo de Macedo de Cavaleiros (CCMC) representou o distrito de Bragança com seis ciclistas, mas só dois conseguiram concluir a volta.

Vendavais: Um governo à procura de rumo

Esgota-se o mês de agosto e também as férias dos portugueses. O tempo de lazer chega ao fim e com ele regressam as preocupações do tempo da continuidade. O tempo não pára, os serviços também não e se as preocupações entram em stand by para uns, a verdade é que para outros elas continuam. Nada fica parado na sua totalidade. O país não pode parar, mas houve quem quisesse fazê-lo.
Sabemos que todos devem ter o seu tempo de férias e mesmo o governo tem o direito de o gozar como qualquer cidadão em repouso e sem grandes preocupações, contudo as coisas não são bem assim. Os membros do governo estão sempre em alerta e esse tempo de lazer é muitas vezes reduzido devido a percalços diversos como os fogos ou situações mais complexas que chamam os ministros à ribalta quase sem contarem, como foi o caso da greve dos motoristas de matérias perigosas. Neste caso, um sindicato conseguiu monopolizar ministros e até o Presidente da República, face a uma greve em tempo de férias, agravando toda a circulação no país e travando a normal fluência dos veraneantes, nacionais e estrangeiros, que pretendiam deslocar-se de um lado para o outro. Realmente foi uma greve cirúrgica que atentou contra a vida dos portugueses e não só. Foi uma greve que não se limitou a exigir direitos, mas a atingir a economia do país. Perante isto, o governo teria de intervir de um modo mais ou menos subtil já que não era o visado diretamente, mas cabia-lhe resolver a parte da economia e da saúde nacionais, que ficavam reféns de um sindicato de motoristas. Foi uma situação caricata e nunca antes vista. Um país amarrado a exigências de um sindicato!
Claro que o governo teria de tentar resolver a situação. A greve estava condenada ao fracasso pois o governo ao intervir, teria de usar os meios mais eficazes para evitar o pior e minorar as consequências terríveis que poderiam surgir. O governo teria de ter uma posição de força neste imbróglio, já que tinha muito em jogo e não poderia ficar muito mal. As eleições estão à porta e era preciso contabilizar a seu favor os desagrados da população. Saiu-se mal o sindicato devido ao timing escolhido e à atuação do governo. Na verdade, ganharam todos alguma coisa.
Todos têm direito à greve. Sabemos disso. É constitucional e todos os trabalhadores têm esse direito e devem usá-lo quando é necessário, mas esta greve não deu jeito nenhum ao sindicato, mas deu algum ao governo que conseguiu demonstrar a força necessária no momento certo e contabilizou votos certamente. Interromper as férias para tentar minimizar os efeitos desta greve como intermediário, foi um tempo ganho. Se todos pensavam que o governo estava todo de férias, enganaram-se e se lhe faltava algum rumo no meio da desorientação que preconizava, encontrou-o. 
Muitos criticaram o governo na forma como agiu, mas alguma coisa teria de ser feita para travar a arrogância de um pardalito qualquer que pensava que metia na gaiola todos os passarões, passaritos e cucos que andavam à sua volta. Enganou-se.
Contudo, o governo precisa de se afirmar no regresso de férias e não me parece que o decreto que acaba de sair sobre a necessidade de ter espaços próprios nas escolas para os alunos que se afirmam ter uma escolha diferente, diga-se género, não me soa muito bem e não dá certamente muitos votos ao executivo nem tão pouco afirmação. É tão prematuro como a falta de rumo que demonstra o governo. As coisas não se podem fazer de um momento para o outro, de um tempo de férias para um tempo de afirmação governativa. Não é por aí António Costa. Não sou contra a igualdade de género ou o que lhe queiram chamar, mas sempre haverá o género masculino e o feminino e as casas de banho serão sempre para quem as deve usar e nas escolas elas são diferenciadas. Sobre isto a Lei é explícita. Não vale a pena perder tempo. 
Assim, não resta muito tempo ao governo para encontrar o rumo certo se quer ganhar as eleições de outubro, até porque Rui Rio está a facilitar-lhe a vida o mais possível. Até consegue dividir o próprio partido ao demarcar-se de tudo durante as férias, até mesmo da greve que, pelos vistos, não o afetou muito.
Entretanto Costa foi de viagem pela nacional 2 de Chaves até ao Algarve. É preciso encontrar o rumo certo. Será este?

Minorias maioritárias

Entre as centenas que chegavam e partiam apareceu uma garota brasileira, preta, numa turma de décimo ano. Para mim à partida era apenas mais um, tanto se me dava. E a ela pelos vistos também, pois exibia um ar de quem estava de férias ná európá (e de facto estava, como se veio a constatar), o que para um brasileiro parece ser o suprassumo. De forma que se limitava a curtir, a gozar o panorama, a tentar transformar aquilo tudo numa espécie de rave party. Não que isso a distinguisse muito da maioria dos autóctones, mas um dia, a páginas tantas, já depois de ter abundantemente esticado a corda, endereçou um daqueles comentários soezes a uma parceira das filas de trás e não tive outro remédio se não expulsá-la. Levantou-se a custo, a clamar injustiça e a trovejar abominações que ao sair descarregou na porta, não sem antes ter desferido uma farpa peçonhenta: êzti prôfêssô não góztá di pêssoáz difêrêntiz!
Descontando o lado burlesco, o incidente parece-me ilustrativo de algo que à falta de melhor eu classificaria como racismo-ao-contrário. Embora as atitudes que o caraterizam transcendam a questão da raça e se estendam a outras minorias, em traços gerais elas resumem-se a fazer render o rótulo de desfavorecidas que lhes é colado. De que modo? Agravando alguma discriminação que possa existir, e sempre existirá, gritando aqui d’el rei perante o que se suspeite serem ameaças, ainda que leves, ainda que imaginárias, reivindicando um estatuto à parte que as compensaria do suposto desfavorecimento, proclamando mesmo o direito a condutas infratoras, tais como apedrejar polícias e outras que tais. E era assim protegida, assim estribada nessa condição de membro de duas minorias exploradas, jogando a cartada da vitimização, que a brasuquinha pretendia reinar. É certo que para tanto contava com algum sentimento de culpa, e portanto de complacência, por parte de um elemento da maioria exploradora, o professor. Mas como este não estava pelos ajustes, logo “não gostava de pessoas diferentes”.
Quase nem valeria a pena falar da dificuldade em definir o conceito de desfavorecido, dado nunca ser evidente demarcar fronteiras nítidas entre aquilo que é e o que não é. Inserir alguém nessa categoria ou noutra qualquer é muitas vezes um ponto de vista que depende da época, do lugar e do observador que o faz. Além disso é sempre necessário contar com a relatividade das coisas. Uma minoria que se tenha por marginalizada aqui no espaço da união europeia, por exemplo, goza de apreciáveis garantias se comparada com imensas maiorias espalhadas por esse mundo de cristo. O que mostra também que é possível a uma pessoa pertencer ao mesmo tempo a uma minoria desfavorecida e a uma ou várias maiorias privilegiadas, considerando-se elemento da primeira e omitindo a(s) segunda(s) se em determinadas circunstâncias lhe der jeito.
Mais constrangedora é a noção de que não é por integrarem grupos de alguma forma considerados desfavorecidos que as pessoas deixam de ser pessoas. É perceber que os “diferentes” não são assim tão diferentes daqueles que acusam de segregação. Se não, vejamos. Há minorias que costumam ser marginalizadas, estigmatizadas? Pois há. Mas maiorias também. Tenhamos em conta que a história universal tem sido um longo percurso em que todo o tipo de minorias tem segregado, subjugado, explorado maiorias, independentemente de umas e outras serem constituídas por negros, imigrantes, ciganos, homossexuais, canalizadores, limpa-chaminés. Qualquer grupo minoritário que ganhe alguma ascendência e se guinde ao poder esquece rapidamente a antiga condição e passa a subjugar, discriminar, explorar os outros, isto é, as maiorias.
À parte todos os progressos, é assim que somos. Primeiro os meus interesses e os do meu grupo e muito lá para o fim (e se calhar), o bem comum, a solidariedade, a ética, os valores. Uma fatalidade. Daí a minha desconfiança de que, no caso de eventualmente o poder sorrir um dia às suas minorias ditas desfavorecidas, apanhadas à brida solta, não tardaria a que os homossexuais me declarassem degenerado, os ciganos colocassem sapos à entrada das lojas onde quisesse entrar, os negros instituíssem um apartheid que me isolaria deles e respetivos privilégios, os imigrantes me barrassem a entrada no “seu” novo país. Pessimismo? Não creio…