Deputados do PSD questionam ministra da Saúde por causa das condições do hospital de Bragança
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Qua, 27/02/2019 - 09:59
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Qua, 27/02/2019 - 09:40
Ter, 26/02/2019 - 12:55
Restam cinco equipas do segundo escalão nos oitavos-de-final da Taça de Portugal de Futsal. Uma dessas surpresas é o Grupo Desportivo Macedense, que conseguiu o bilhete para esta fase da prova depois do triunfo, no prolongamento, frente ao Paredes.
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Ter, 26/02/2019 - 11:14
As brigantinas venceram a AR Santo Cristo por 5-1, no domingo, e revalidaram o título distrital de futsal feminino. Os golos dos Pioneiros foram marcados por Nady (1’, 4’), Levz (16’, 21’) e Soares (29’).
Ter, 26/02/2019 - 11:09
O atleta do SC Braga, natural de Miranda do Douro, repetiu o feito de 2018 e concluiu a prova, realizada, no sábado, na Marinha Grande, com o tempo de 11 minutos e 43 segundos.
COMO DIAGNOSTICAR?
Na maioria das vezes a hipertensão arterial não provoca sintomas, embora raramente se possa associar a cefaleias (dores de cabeça), vertigens, entre outros.
De uma forma geral, define-se hipertensão arterial como um valor superior a 140 mmHg (sistólica)/ 90 mmHg (diastólica), em mais do que uma determinação.
QUE CONSEQUÊNCIAS?
A hipertensão arterial aumenta significativamente o risco de enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular
Ter, 26/02/2019 - 10:35
Olá, como estão os leitores da página do Tio João?
Estamos a queimar os últimos cartuchos do mês mais pequerruchinho do ano.
Os dias continuam muito quentes para a época e como diz o ditado popular “o Fevereiro engana as velhas ao soalheiro”. Muita atenção a este sol.
A nível agrícola a nossa gente já começa a arranhar a terra. Desde o dia 24 de Fevereiro, dia de S. Matias, que já começaram as enxertias.
Na última semana festejaram a vida connosco a tia Teresa (79), de Cal de Bois (Alijó); a tia Lurdes (79), de Lebução (Valpaços), que se apresentou à família pela primeira vez no dia do seu aniversário; Amélia (97), de Baçal (Bragança); Adília dos Anjos (98), de Dadim (Chaves); Arnaldo (93), de Deimãos (Valpaços); Cassiano (74), de Carviçais (Moncorvo); Maria da Piedade (59), de Regodeiro (Mirandela); Ana Tender (71), de Barreiros (Valpaços); João (59), de Vilela (Valpaços) e António Fernandes (79), de S. Julião (Bragança). Que vão tendo saúde para poderem continuar a festejar a vida connosco.
Já há algum tempo que o Pedro Gonçalves (‘O Vila’ para os amigos), nos ouve e telefona desde Inglaterra, onde está emigrado e numa dessas conversas fiquei a saber que ele tem uma profissão diferente, que é a de chef ao domicílio, ou seja, vai a casa das pessoas organizar e preparar grandes eventos. Por esta razão a nossa página desta semana lhe é dedicada. Que a vida lhe sorria sempre na nossa companhia. (O texto foi escrito por ele).
Atravessamos tempos difíceis indubitavelmente. Por todo o canto e esquina deparamos com situações tão inusitadas e exasperantes como incríveis e aterradoras. Temos a impressão de que a humanidade corre sem rumo, fugindo do que não consegue solucionar e com medo de que algo terminal acabe efetivamente com a última réstia de esperança que lhe pode possibilitar a salvação.
Os acontecimentos que têm marcado este mundo nos últimos dias, tanto por cá como por lá, são tão exasperantes quanto aberrantes. Sabemos perfeitamente que os superiores interesses políticos e económicos, comandam desesperadamente os destinos das nações e dos governos, mas quando esses interesses se sobrepõem a um povo, a uma necessidade global de sobrevivência e colidem com uma ajuda humanitária que a comunidade internacional se dispõe a conceder, é simplesmente inqualificável. A máxima “antes quebrar que torcer” está aqui bem exemplificada. Não interessa a Maduro e ao seu governo se muitos venezuelanos morrem de fome e se nos hospitais há falta de medicamentos. Não interessa se não há dinheiro para comprar bens alimentares, até porque esses bens não estão à venda, também porque não há dinheiro para os adquirir. O que interessa é fazer frente a tudo e a todos em nome de uma democracia que não existe, em nome de um socialismo que nada mais é do que uma ditadura militar. O chamamento para uma realidade que lhe poderia render votos, não interessa. Rodeado de capangas militares, bem pagos e a quem nada falta, vai cantando vitória e ameaçando quem se lhe opuser. Até quando? Guaidó talvez tenha perdido uma batalha este fim-de-semana, mas certamente ganhará a guerra. Os venezuelanos ficaram a perder. Não tiveram acesso aos medicamentos importantes para tratar os doentes nos vários hospitais que anseiam por eles, adiando o sofrimento e a morte, nem aos bens alimentares para matar a fome que os atormenta diariamente. Impedir uma ajuda humanitária e destruir camiões de mantimentos é crime contra a humanidade. Que sanções vão ser aplicadas? Maduro é, neste momento um governante a prazo e ele deve saber que os ditadores têm os dias contados. Resta saber quantos mais lhe restam. Entretanto anda à deriva!
Também à deriva anda Costa cá por dentro e lá por fora. Com eleições à vista, accionam-se os motores para uma campanha diversificada. Para a Europa e para o Parlamento, o que conta é obter votos e quantos mais melhor. Espanha recebeu-o de braços abertos como a estrela salvadora para o PS espanhol e Costa discursou num arremedo de catalão, dizendo o que eles queriam ouvir, mas também para que os portugueses soubessem ao que ia e ao quer para cá. Campanha! A última remodelação ministerial dá bem conta disso mesmo. Foi uma promoção completa. Uns vão para a Europa onde se ganha bem e se passeia muito e outros de secretários vão a ministros sem ninguém saber quem são e o que fizeram. Não interessam perfis, talentos e percursos. O que é preciso é construir uma espécie de árvore genealógica, onde todos se relacionam e derivam uns dos outros e todos acabam por ter um mesmo interesse ou objetivo. A única diferença é que estes têm a cara desconhecida e isto acaba com a repetição dos ministros em pastas diferentes, mas acaba por ser quase uma oligarquia. Isto é muito mau. Vamos a ver o que tem a dizer a Catarina e o Jerónimo depois das eleições. Perante a inépcia dos outros partidos do espectro político nacional, parece-me cada vez mais certo que Costa ganhará este desafio. Resta saber a que custo. No entanto, parece-me que a Catarina anda à deriva também, empurrada pelos elementos mais conservadores. A vida custa!
No meio de toda esta confusão inusitada e complexa, faltava somente o absurdo. Como qualificar alguém que deixa uma fortuna de milhões a uma simples gata? Francamente! Sem dúvida inqualificável será a atitude deste senhor Lagarfeld que ao morrer deixa uma fortuna de 170 milhões à sua gata de quatro patas. Outra parece impensável! Aos olhos da justiça, não sei se isto é possível. Depende, obviamente, do país e das leis de cada um, mas um animal ser herdeiro de uma tal fortuna, parece simplesmente insano. Que deixasse alguém para cuidar da gata enquanto vivesse, seria o mínimo aceitável e para isso bastavam alguns milhares de euros, pois comer, lavar e asseio da bicha, custa dinheiro e pagar a quem o faça, igualmente. Até aqui é compreensível a deveras aceitável. Nada mais. Quando temos crianças a morrer à fome em países africanos e asiáticos, completamente desnutridas e sem medicamentos, ver um sujeito milionário a deixar a fortuna a uma gata, faz-me acreditar que a humanidade está a ficar louca. Exemplos destes são simplesmente incríveis e aterradores. O futuro é ao virar da esquina, mas parece-me que ainda andamos todos à deriva. O melhor mesmo é encontrar o rumo certo e rapidamente.
Seu pai chamou-se Bartolomeu Pereira e era natural de Chacim, filho de Duarte Pereira, cirurgião e sua mulher, Violante Rodrigues. Maria Rodrigues, a mãe, era de Mogadouro, filha de Francisco Álvares e Ana Rodrigues que, em algum tempo viveram em Sambade, terra onde nasceu e morou André Rodrigues, irmão de Maria.
Manuel Rodrigues Pereira teve dois irmãos. Um deles chamou-se Francisco Rodrigues Pereira. Casou em Vila Flor, com Leonor Lopes e ali residiu, exercendo a profissão de “mercador de buréis da serra”. O casal teve 5 filhos e todos conheceram as cadeias da inquisição.
O outro irmão de Manuel chamou-se Duarte Pereira, o Frade, de alcunha. Casou em Chacim com Violante Vaz e na terra ficaram morando. Ambos foram presos pela inquisição de Coimbra,(1) posto o que, fugiram para Castela. A fuga de Violante, depois que saiu da cadeia, ao encontro do marido que a precedeu no “salto”, constituiu um verdadeiro romance, uma história digna de um filme.(2)
Nascido em Chacim, por 1597, Manuel Rodrigues Pereira, cedo começou a comerciar aquém e além da fronteira de Castela. Tornou-se um homem muito rico, “o principal dos homens da nação” na vila de Mogadouro. Antes, porém, viveu em Madrid e ali casou com Violante de Sória,(3) que nasceu em 1593 e faleceu por 1633, deixando uma filha, chamada Maria Rodrigues, nascida em 1626 e que viria a casar com seu tio materno, António de Sória, ao início da década de 1640.(4)
Em 1635 Manuel Pereira era já casado segunda vez, com Catarina Henriques, irmã da mulher de seu irmão Duarte, estabelecendo morada em Chacim. Catarina faleceu sem deixar descendência e Manuel foi casar pela terceira vez, agora em Mogadouro, com Antónia Rodrigues. Deste casamento teve também uma filha, igualmente batizada com o nome de Maria.
A casa de morada de Manuel e Antónia era na Pracinha, uma casa muito boa, já que foi avaliada em 300 mil réis. Defronte, tinha outra casa, que valia 60 mil réis, arrendada a Domingos Lopes por 3 000 reis/ano. E ainda, “pegado à sua porta”, um palheiro, valorizado em 8 000 réis.
De resto, no termo de Mogadouro, era proprietário de uma vinha sita ao Vale do Peral e algumas terras de horta e cereal.
O seu “casal” em Chacim incluía parte de uma casa que estava arrendada a Pascoal Ramos, dois olivais, duas vinhas, terras de cereal e hortas.
Na aldeia de Valverde, possuía duas casas e uns terrenos “que tomou de uma dívida de nove mil réis” a João Martins, alfaiate.
Manuel Rodrigues Pereira era, pois, um bom proprietário agrícola, colhendo quase 500 almudes de vinho e 5 de azeite. E tinha também ovelhas e cabras.
Porém, o mais interessante, do inventário de seus bens eram “algumas acções que tinha que se não lembra e constará dos cartórios dos escrivães de Mogadouro”.
Para além de tudo isto, a maior fonte do seu rendimento provinha da cobrança de rendas, como era o caso da renda da igreja de Castelo Branco, que trazia arrematada por 119 mil réis. Tudo isto fazia dele o mais rico dos cristãos-novos de Mogadouro, “o principal dos homens da nação”.
Em 1648 a inquisição lançou uma autêntica operação de limpeza em Mogadouro. Ano e meio depois, os inquisidores de Coimbra faziam o seguinte balanço:
— Mogadouro é terra que há muito tempo arde em judaísmo e aonde o santo ofício tem presas mais de 60 pessoas e tem fugidas outras tantas ou mais, para não serem presas.(5)
Nesta operação, um dos primeiros a ser apanhado foi Manuel Rodrigues Pereira, juntamente com a sua mulher, Antónia Rodrigues, o seu irmão, Duarte Pereira, ao início do mês de março de 1649.(6)
Das denúncias que ditaram a prisão de Manuel R. Pereira, destacam-se a de um Frei Jerónimo e a de um Gaspar da Rocha, feitas perante o pároco de Sambade, comissário da inquisição, padre Azevedo da Veiga, e que são bem significativas do ambiente de espionagem que se vivia na terra. Vejam o que ele escreveu para Coimbra:
— Logo no dito dia (24.2.1649), Frei Jerónimo (…) disse que na vila de Mogadouro ouvira dizer a certas pessoas que Manuel Rodrigues, da Pracinha, cristão-novo, principal dos homens da nação, se ausentara depois que aconteceram prisões (…) Passando ele pela barca de Remondes, em 23 de fevereiro do ano presente, ouviu dizer aos barqueiros que o passaram, que no mesmo dia passara um moço com um macho descarregado que ia buscar a mulher do dito Manuel Rodrigues, ausente e ausentaram-se poucos dias antes outros homens da nação com as famílias. E logo no mesmo dia apareceu Gaspar da Rocha, filho de Gaspar da Rocha, morador em Chacim (…) disse que Manuel Rodrigues Pereira, homem da nação, morador no Mogadouro, fora à vila de Chacim e vendera um olival a Oliveros Nunes, morador na dita vila e ouviu dizer que se ia ausentar para o reino de Castela. E ele e sua mulher se ausentaram da vila de Mogadouro e ele tirara todos os seus bens de casa.
Obviamente que, depois de encarcerado em Coimbra, as denúncias choveram, nomeadamente da parte de seus familiares e amigos. Tal como ele denunciou todos os outros que estavam presos, que era a forma certa de acertarem.
Decorreu o processo com relativa normalidade e sem muita delonga, saindo penitenciado em cárcere e hábito e sequestro de bens, no auto da fé de 10.6.1650, tal como a sua mulher e o seu irmão.
Regressados a Mogadouro, Manuel Rodrigues Pereira logo tratou de contratar um grupo de passadores para o ajudarem a passar a fronteira, levando com ele a mulher, a filha, conforme contou Amaro Ferreira do Vimioso aos inquisidores de Coimbra, em 30.9.1653:
— Disse que haverá dois anos foi a Chacim, com Manuel Álvares e Francisco Álvares e Simão Fernandes, de Sendim, dizem que é cristão-novo, e em Chacim Manuel Rodrigues Pereira, cristão-novo, mercador, lhes disse se eles quisessem acompanhar a ele e sua mulher até Castela e uma filha que seria de 10 anos; e de os passarem deram-lhe 12 patacas do rosário.(7)