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Marco Louçano: o brigantino que aceitou treinar com a guerra mesmo ao lado no Médio Oriente

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Ter, 15/07/2025 - 12:00


Marco Louçano, brigantino de 46 anos, é treinador de futebol há 15 e atualmente desempenha funções de treinador-adjunto no Al Hussein SC, clube da cidade de Irbid, na Jordânia, que disputa o título de campeão no principal campeonato do país.

ONDE ISIDRO (NÃO) CHEGOU

O Major General Isidro Morais Pereira fez saber que, respondendo a uma persistente e continuada insistência de inúmeras pessoas, para se candidatar à Presidência da República Portuguesa, decidiu dar um passo em frente. Talvez, em boa verdade, um meio passo, pois apenas admitiu estar a ponderar essa hipótese, prometendo divulgar o resultado da reflexão que vai fazer, depois das autárquicas (entende-se bem porquê e já lá iremos), e mesmo esse arremedo de avanço, algo tremido, como veremos.

Porque, vindo de alguém perto do militar, surgiu a notícia de estar agendada uma reunião entre o protocandidato e o partido de extrema-direita, Chega. Pedro Frazão, vice-presidente desse partido, por ocasião do anúncio da sua candidatura à Câmara Municipal de Oeiras, confirmou o respetivo agendamento. O próprio General e comentador televisivo deu cobertura às notícias que disso davam eco, afirmando:

“Sinceramente, se a minha decisão for no sentido de me candidatar, não enjeito o apoio dos partidos. Os partidos fazem parte da democracia portuguesa. É sempre um conforto. Todo e qualquer partido que merece um apoio significativo dos portugueses, como foi o caso do Chega, que teve mais de um milhão de votantes… não há razão nenhuma para que não aceitasse esse apoio. Isto não quer dizer que concorde com todas as bandeiras do Chega.”

Logicamente, iriam, em consequência, reunir-se. Mas não se reuniram. Facilmente se percebe porquê. Porque, tal como o PS, provavelmente pelas mesmas razões, o Chega não quer definir a sua estratégia antes das autárquicas. Nunca, como agora, as eleições locais condicionaram tanto as presidenciais. Porque, como referiu Morais Pereira, uma fatia eleitoral com mais de um milhão de votos é muito apetecível para qualquer um que se queira submeter ao sufrágio popular… desde que houvesse uma garantia mínima de que poderia ser abocanhada na sua totalidade ou, pelo menos, numa parte substancial.

Ora, a trajetória ascendente do partido de André Ventura sofreu um revés nas europeias… onde o próprio não era candidato. Terá sido isso apenas um “acidente” ou a revelação de que, sem o seu líder e principal figura de destaque, o partido vale muitíssimo menos? É isso que as autárquicas irão revelar. E fará toda a diferença! Aí o PS ficará a saber se o seu partido foi realmente ultrapassado ou se foi “apenas” Ventura que superou Pedro Nuno Santos, deixando José Luís Carneiro livre para a decisão do apoio socialista ao pretendente presidencial da sua área.

Igualmente, o comentador da CNN verá se a tão apetecível parcela de eleitores pode ser minimamente garantida ou se apenas a teatralidade do inefável André a consegue mobilizar. O problema é que, apesar de não ter conquistado ainda nada nem ninguém de forma substantiva, a aproximação à ideologia extremista já lhe granjeou anticorpos e, como tal, tendo-o constatado, apressou-se a recuar tanto quanto lhe é ainda possível. Veja-se a enorme distância da declaração inicial, atrás referida, da mais recente, que, a este propósito, é conhecida:

“Meus estimados amigos, tendo surgido algumas notícias tentando associar o meu nome a um partido político (CHEGA), quero deixar bem claro, para que não restem quaisquer dúvidas, que não tenho NENHUM TIPO DE LIGAÇÃO, com o partido em questão.”

Esclarecedor!

O Vale do Tua pariu um sapo

A conhecida expressão “a montanha pariu um rato” é muito velha. Tanto que é atribuída ao filósofo romano Horácio, que a terá utilizado há mais de dois mil anos, com o intuito de manifestar a sua frustração com algo que gerou grandes expectativas, mas acabou por redundar numa insignificância, para não dizer num fracasso.

Não deixa de ser significativo, por isso, que a dita expressão seja muito usada em Portugal, hoje em dia mais do que nunca. Ainda assim, no caso particular dos transmontanos, não há razões de queixa, pois, lamentavelmente, quem os governa grandes expectativas sequer lhes têm criado, não lhes dando, por isso, razões para se sentirem frustrados.

Tirando, e poucos mais exemplos se poderão encontrar, o magno projeto que dá pelo nome de Plano de Mobilidade do Tua, que, apreciado em várias vertentes, a montante e a jusante das águas e das ideias, ganha, de facto, dimensão impactante.

Ora, é aqui que a porca torce o rabo. Acontece que, decorridos 16 anos desde a sua criação em 2009 e consumados gastos de 16 milhões de euros, há mais que razão e humor, absurdo ou sarcástico, como se queira, para se poder dizer, não que “a montanha pariu um rato”, mas que o Vale do Tua pariu um sapo anafado, que tranquilamente abobora nas margens da plácida albufeira.

Uma notícia recente sobre esta matéria causou, contudo, relativo impacto nas ditas redes sociais, Facebook em particular, ainda assim muito longe, quanto a mim, do que deveria merecer por parte do grande público, sobretudo daqueles a quem diretamente diz respeito: os transmontanos em geral e os nordestinos em particular.

Transmontanos que, nos próximos atos eleitorais, irão ou não irão votar, como sempre o fazem, mais com o coração do que com a razão, ainda que as opções que se lhes oferecem, por força da democracia que têm, pouco ou nada mudem. Sendo desejável, em qualquer caso, que a região não continue esquecida, adiadas e mal representada nas instâncias mais altas do poder político central e local.

Resumidamente, e sem entrar em detalhes, diz a notícia, que teve origem no jornal Público online e foi repassada por diversos outros meios, que o Ministério Público, através da sua delegação de Mirandela, abriu um inquérito crime para investigar o incumprimento da concessão pública de exploração da Linha do Tua.

Finalmente, é caso para se exclamar! Isto se o finalmente não significar que o caso vai morrer definitivamente, ante a patente lentidão da Justiça.

É que, convém lembrar, quando o Plano de Mobilidade do Tua nasceu, em 2009, como contrapartida à construção, pela EDP, da barragem de Foz do Tua, que submergiu um troço de 23 quilómetros de via-férrea, muita boa gente esfregou as mãos de contente, pensando que toda a região transmontana em geral, os municípios ribeirinhos do Tua em particular e Mirandela em especial, tinham sido agraciados com uma fortíssima alavanca de desenvolvimento.

Puro engano. Dezasseis anos decorridos, tudo continua na mesma ou pior, com parte significativa do mítico Vale submerso, equipamentos valiosos em acelerada degradação, as populações a chuparem nos dedos e os autarcas a bailar, felizes e contentes, entre as suas terrinhas e a capital deste reino de democrática fantasia.

Acresce que os dados de recenseamento eleitoral mais recentes expressam uma aflitiva dinâmica de ermamento. De ermamento que não de desertificação, note-se bem, porque, neste caso, não podemos queixar-nos das alterações climáticas, já que a Natureza está mais pujante do que nunca. Mas de algo que é bem pior: a incompetência e o desleixo dos governantes, com destaque e acrescidas responsabilidades para os autarcas.

Tanto assim é, ou foi, que o polémico barramento avançou sem demoras nem contratempos e já está a render, por certo, lucros chorudos aos investidores. As contrapartidas, pelo que agora se vê, é que não terão passado de uma gigantesca frustração, para não dizer de um logro vistoso. Pudera! É que os donos da EDP, entre os quais pontifica a empresa estatal China Three Gorges Corporation, não brincam em serviço.

Lamentavelmente, não pode deixar de se dizer, este plano é mais um que traduz a falência total, não da democracia, mas do regime político vigente, que, deformado pela hegemonia partidária, continua a gerar maus governantes, a desprezar os cidadãos e a esbanjar o erário público, persistindo no ermamento e no subdesenvolvimento do interior.

Torna-se imperioso, por tudo isto, que a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), igualmente criada em 2011 como contrapartida pela construção da barragem do Tua e a quem a responsabilidade da execução deste plano foi atribuída, venha a público dizer de sua justiça, sobretudo no contexto da próxima campanha eleitoral e antes mesmo do Ministério Público se pronunciar

Negociar com o destino

Nem todos temos a mesma conceção de destino.Uns são fatalistas, como o foi Camões, que acreditam que o destino está marcado e nada podemos fazer para o alterar. Outros são positivistas, acreditando que tudo pode ser melhor e que podemos sempre contribuir para essa melhoria. Ainda há os que não se importam com o destino e nem sequer acreditam nele.

Afinal, o que é o destino? A humanidade sabe que todos caminhamos para um fim, pelo menos terreno, e esse será o destino final. Como chegar até lá é uma incógnita. Os caminhos são infinitos e muitas vezes demasiados sinuosos. Também não sabemos quão distante é esse final. Há caminhos curtos e outros mais longos, mas todos acabam. Têm de acabar. É o destino. Quando esse caminho, que supostamente poderia ser longo e vitorioso, é interrompido abruptamente, leva a um sentimento de abatimento, desânimo e vazio imenso.

Foi esse caminho que foi interrompido a Diogo Jota e ao irmão. Foi esse caminho que levou a um destino terrível, impensável. Um destino criminoso que roubou a vida a dois jovens irmãos e os afastou do amor familiar que tanto partilhavam. Foi esse destino que roubou a três crianças o amor do pai e à mulher, esposa e mãe, o pilar de uma construção que se imaginava segura, forte e duradoura. Como se pode acreditar num destino positivo depois disto?

Não podemos negociar com o destino. Nem com o tempo.
E se pudéssemos negociar com ele, o que lhe pediríamos? O que poderíamos oferecer em troca? Será que o destino aceitaria alguma coisa? Não, porque ele é intemporal, é abstrato, é impessoal. Não tem sentimentos. Se fosse possível, certamente a viúva tentaria negociar de alguma forma com o destino, o reverso da medalha que ele lhe deu.

Do mesmo modo, o tempo é inegociável. O fio do tempo é indelével e irreversível. Mas é pesado. Nem que fosse somente negociar o esquecimento para aliviar o peso imenso que sobrecarrega o corpo entorpecido pela perda e pela tragédia, seria certamente uma possibilidade. Mas o esquecimento é impossível. Esquecer é o suicídio da alma e, como a alma é imortal, esquecer é impossível.

Dobrada pela consternação que a morte violenta de Jota lhe causou, agora só sente falta de apoio, de amparo, de consolo, de amor, de carinho, de palavras. O peso do vazio e do silêncio é demasiado. De momento, é invadida pelo entorpecimento. A realidade é sentida dentro de dias. O silêncio torna-se enorme. Terá de enfrentar momentos irrealistas. O luto não é ultrapassável, mas é integrado e terá de aprender a viver com ele. O tempo é grátis!

Um acidente terrível e violento que dizimou dois únicos irmãos e deixou os pais sozinhos para enfrentar um futuro que nunca imaginaram, não tem palavras para descrever. Deixou igualmente três crianças, que não entendem absolutamente nada do que se passa, mas questionarão dentro de poucos anos o porquê de lhe faltar o pai. Vão viver um tempo diferente, um sofrimento diferente e um vazio insubstituível, mas aprenderão a viver com ele. O tempo será um aliado do destino que lhes calhou em sorte.

Alguns críticos referiram-se ao facto de Jota e o irmão terem o impacto que tiveram em todo o mundo, quer na sociedade civil, quer no meio futebolístico. Adiantaram que, se fossem outros jogadores, nada disto se faria e o impacto seria quase nulo. Talvez assim fosse. A diferença está na visibilidade que tinham e para a qual a imprensa e a comunicação social contribuíram. Apesar de não ser um jogador de topo, Jota era conhecido e bem visto como pessoa de fácil relacionamento e amigo de ajudar, além de ser um bom atleta. Muitas vezes ficava no banco de suplentes e, quando entrava, resolvia os jogos, marcando os golos necessários. Era querido no Liverpool e todos conheciam e eram amigos do Jota, o número 20. E assim será eternizado em Inglaterra.

Por cá, foi rodeado de amigos, de colegas portugueses e ingleses, de políticos e por uma família destroçada, sem forças, que o acompanhou até à última morada. Constrangidos por uma morte violenta, avassaladora e demasiado imberbe, que resolveu roubar dois jovens que tinham uma vida pela frente, todos pisaram o mesmo chão que os conduziu a uma morada para a qual ainda não tinham feito qualquer contrato de arrendamento. Demasiado violento.

Na realidade, se fosse possível negociar com o destino, nada disto teria acontecido, mas o destino não se revela e a irreversibilidade dos acontecimentos ainda não está ao alcance dos humanos. Que descansem em paz.

Flávio Cipriano sagra-se campeão da Taça Regional de BTT XCM de Vila Real em Master 30

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Ter, 08/07/2025 - 11:25


O brigantino Flávio Cipriano cumpriu o objetivo da temporada ao vencer a Taça Regional de XCM da Associação Regional de Ciclismo de Vila Real (ARCVR), no escalão Master 30. O atleta triunfou na quinta e última prova da competição transmontana, que terminou este domingo, em Alijó.

Municípios do Baixo Sabor exigem pagamento de mais de nove milhões de euros à EDP e Movhera

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Ter, 01/07/2025 - 13:01


A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu razão aos municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo, que integram a Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), relativamente a rendas e medidas compensatórias a receber da EDP – Energias de Portugal e da Mov